Já parou para pensar na diferença entre chefe e líder?
Hoje em dia, muitos colaboradores começaram a se questionar a respeito das suas lideranças. Quanto mais inspiradoras e acessíveis, maior é o nível de satisfação e performance da equipe.
Para alcançar esse “status” de inspiração, no entanto, é preciso entender que aquela liderança do passado, repleta de autoritarismo e medo, já não tem mais espaço.
Justamente por isso fizemos um conteúdo completo que vai te ajudar a entender como a diferença de dois termos, aparentemente parecidos, pode fazer diferença no contexto de qualquer empresa. Esperamos que tenha uma ótima leitura!
Qual é a diferença entre chefe e líder?
O chefe é aquela figura autoritária, sendo o que possui maior poder dentro de uma relação de trabalho. Teoricamente, trata-se da pessoa que tem maior conhecimento técnico, seja na sua área de atuação, seja no contexto da empresa (por ser um funcionário bem antigo, por exemplo).
Já o líder, por sua vez, pode até ser a pessoa com maior conhecimento dentro de uma equipe, mas sua figura não atrai medo ou receio por parte dos colaboradores. Muito pelo contrário: apesar de estar no topo da hierarquia de poder, faz isso de maneira inspiradora e até mesmo democrática.
Ou seja: a diferença entre chefe e líder, na verdade, não tem a ver com o cargo que uma pessoa ocupa ou nada muito técnico. Duas pessoas podem ocupar o mesmo cargo de liderança, mas o que vai diferenciar um chefe de um líder são suas atitudes e formas de lidar com a equipe.
Enquanto o chefe tem um ar de autoritarismo, uma relação de poder sem muito espaço para argumentações ou novas ideias, o líder inspira qualquer pessoa a participar de discussões, mostra que não existem barreiras capazes de “proibir” um funcionário de crescer, se destacar e seguir rumos mais profundos em sua carreira.
Quais são características típicas do “chefe”?
Agora que você já entendeu a principal diferença entre chefe e líder, é hora de saber como cada um atua na prática. Começando pelo chefe.
Uma pessoa que performa “bem” essa característica, inicialmente, acredita que a relação de hierarquia deve ser seguida rigorosamente. O famoso “eu mando e você obedece”. E isso ocorre na maioria dos momentos, até quando aquela pessoa está errada ou solicita uma demanda de maneira equivocada. Afinal, a relação de poder precisa ser mantida, em sua visão.
Além disso, costumamos entender que o chefe não costuma estar disponível para diálogos e construções em conjunto. Seja de pequenas atividades, seja de estratégias mais complexas. Sua visão é que ao estar naquela posição de chefia, ele é o detentor das decisões finais, então não existe espaço para pessoas abaixo dele se destacarem ou nem ao menos darem simples opiniões.
É bem possível que um chefe não ofereça feedbacks periódicos, por exemplo. O desenvolvimento genuíno da equipe não é uma prioridade, mas sim a mera execução de tarefas.
E o “líder”? Como ele atua na prática?
Para o líder, não existe “eu”: todas as entregas são resultado de um esforço coletivo. Ou seja, cada colaborador é responsável por ações que, em conjunto, levam a equipe mais longe.
Essa questão é muito importante. Um chefe costuma “pegar” os resultados dos colaboradores e atribuir à si mesmo, como se fosse fruto de um trabalho individual. No entanto, um bom líder sabe reconhecer seus talentos, reservando um tempo para dar feedbacks e investimento em uma cultura de treinamento e evolução da equipe.
Transparência e democracia também são adjetivos que cabem aos líderes. É o caso da liderança chegar com um novo direcionamento, mas ao conversar com sua equipe, perceber que ele não é adequado.
Quando o líder pensa que, na prática, são os colaboradores que vivem o dia a dia de suas funções, reconhece que cada pessoa pode oferecer insights importantes para contribuir em processos, mais uma vez, sejam pequenos ou mais significativos.
A diferença entre chefe e líder na prática: como ser um líder melhor para uma equipe?
Entendemos que, cada vez mais, se faz necessário entender a diferença entre chefe e líder. Dessa forma, percebemos que o autoritarismo e essa relação baseada no medo não fazem bem nem para os colaboradores e nem para a empresa.
Por isso, é preciso encontrar formas práticas de ser um líder melhor, inspirador e responsável por melhorar o clima organizacional da empresa como um todo. É fato que líderes engajam mais, estimulam uma maior produtividade e melhoram a qualidade das entregas dos colaboradores.
Listamos três maneiras bem simples para começar o quanto antes.
1. Saiba ouvir a sua equipe
Você pode até achar que conhece as pessoas que trabalham com você. Mas já tirou um tempo para conversar, de verdade, com sua equipe? Já passou feedbacks, sejam positivos ou negativos? Consegue entender as prioridades, desejos e habilidades de cada um?
Além desse lugar de escuta, em que o líder se interessa genuinamente pelas pessoas que trabalham com ele, é preciso entender que ideias e contribuições sempre são bem-vindas. O máximo que vai acontecer é você avaliar, perceber que a contribuição não foi adequada e recusar educadamente.
No entanto, é muito importante reforçar que cada pessoa tem um lugar de reconhecimento na empresa. E que será valorizada por qualquer contribuição feita.
Afinal, você quer meros executores na sua equipe, ou talentos capazes de elevar a qualidade das entregas, metas e objetivos gerais da empresa?
2. Confie nos seus liderados
Hoje em dia, com a onda de trabalho remoto e empresas modernizando cada vez mais os seus processos, falamos muito sobre flexibilidade no trabalho.
Isso não significa que os colaboradores ficarão “largados” e sem um devido acompanhamento. Muito pelo contrário! A famosa cultura do microgerenciamento está cada vez mais condenada, então é preciso confiar em quem você contratou para atuar naquele cargo específico.
Pense só. O candidato enviou o seu currículo, passou por uma série de etapas de um processo seletivo e foi efetivado. Na empresa, se mostrou ser alguém capaz e engajado. Por que, então, vigiar constantemente cada membro da equipe, querendo saber exatamente no que estão trabalhando?
Quanto mais um gestor fica “em cima” do trabalho de um colaborador, maior é a sensação de que ele não confia no seu liderado.
Existem formas de acompanhar as demandas. Defina reuniões periódicas, sejam diárias, semanais ou quinzenais, dependendo do fluxo de trabalho e realidade da equipe. Nesses momentos específicos, discuta demandas e se mostre disponível para auxiliar no que for preciso.
A confiança pode ter um efeito profissional muito bom. Estimulando, assim, características como criatividade, autonomia, proatividade e sentimento de dono. Tenha certeza que pessoas confiantes são muito mais suscetíveis a levar a empresa rumo aos melhores resultados.
3. Revisite os processos sempre que necessário
Uma característica comum aos chefes é o fato deles não ligarem muito para os processos caso os resultados sejam alcançados. Mesmo que isso custe a satisfação ou a saúde física e mental do trabalhador.
Muitas pessoas brincam ao dizer que trabalham em locais “insalubres”, mas a verdade é que querem dizer exatamente isso. Conquistar bons resultados não significa que os processos estão formatados de maneira ideal. Então, é preciso refletir: meus funcionários estão performando às custas de que?
Por isso, revisite os processos sempre que achar necessário. Uma boa maneira de aplicar essa dica é, realmente, conversando com os colaboradores. Faça pesquisas de opinião sobre o volume de demandas e avalie até mesmo aqueles processos que aparentemente vão bem, mas que sempre podem ser melhorados.
Conclusão: a importância de entender a diferença entre chefe e líder
E então? Entendeu como a diferença entre chefe e líder é muito importante para gerir equipes mais motivadas, produtivas e engajadas com a empresa?
Pois é! Para melhorar os processos e desenvolver qualquer tipo de negócio, precisamos manter um estudo frequente, além de atualizações no que diz respeito ao ato de gerir equipes. Convidamos você a conhecer o blog do PontoGo, publicamos semanalmente uma série de conteúdos que vão te auxiliar no processo!