O abono pecuniário é um tema de grande relevância para trabalhadores e empregadores. Esse beneficio, que também é conhecido como a prática de “vender férias”, é um tema que pode impactar diretamente a vida financeira e a organização das empresas. Por isso é muito importante compreender esse conceito, então vem com a gente que vamos te explicar!
Neste artigo, iremos tratar dos seguintes assuntos:
- O que é o abono pecuniário?
- Como solicitar o abono pecuniário?
- Quais são as vantagens e desvantagens do abono pecuniário?
- O que a legislação brasileira fala sobre o abono pecuniário?
- Como o abono pecuniário pode ser utilizado nas empresas?
O que é o abono pecuniário?
O abono pecuniário é uma opção oferecida ao trabalhador de vender parte de suas férias, convertendo esses dias em remuneração. É uma prática prevista por lei que permite que o empregado tenha uma renda extra, proporcionando maior flexibilidade financeira.
O funcionamento desse benefício é regulamentado pela legislação trabalhista brasileira e possui regras específicas para sua aplicação. Ao optar pelo abono pecuniário, o trabalhador vende até um terço de suas férias, ou seja, no máximo 10 dias, desde que cumpra os requisitos estabelecidos na legislação.
É importante destacar que essa é uma opção, e o empregado não é obrigado a fazer uso desse benefício.
Para calcular o valor do abono pecuniário, é necessário considerar alguns elementos:
- Proporção dos dias: A legislação trabalhista estabelece que até um terço das férias pode ser convertido em abono pecuniário. Portanto, se um trabalhador tem direito a 30 dias de férias, ele poderá vender até 10 dias.
- Remuneração diária: O valor a ser recebido pelo abono pecuniário corresponde à remuneração diária do trabalhador. Essa remuneração é calculada com base no salário mensal do empregado, incluindo todos os benefícios e adicionais que ele recebe regularmente.
- Descontos legais: Ao calcular o valor do abono pecuniário, devem ser considerados os descontos legais aplicáveis, como imposto de renda e contribuições previdenciárias, de acordo com a legislação em vigor.
Portanto, para calcular o valor do abono pecuniário, você pode seguir os seguintes passos:
- Verifique o período total de suas férias.
- Determine a quantidade de dias que você deseja vender como abono pecuniário, respeitando o limite estabelecido pela legislação.
- Calcule a remuneração diária multiplicando seu salário mensal por 1/30 (se você tem direito a 30 dias de férias).
- Aplique os descontos legais, se aplicáveis.
- O valor resultante é o montante a ser recebido pelo abono pecuniário.
Um outro aspecto importante a se destacar, é que como falamos anteriormente, o abono pecuniário é um benefício garantido a todos os trabalhadores, mas não pode ser obrigatório por parte da empresa.
Essa prática deve ser sempre solicitada por iniciativa do empregado, desde que seja solicitado dentro do prazo estabelecido. A empresa também está proibida de punir o colaborador por ter feito essa solicitação.
Como solicitar o abono pecuniário?
Mas afinal, como o trabalhador pode solicitar o abono pecuniário? Solicitar o abono é simples, mas o trabalhador deve estar sempre atento aos seguintes pontos:
- Conhecer os seus direitos: É importante sempre verificar a legislação trabalhista vigente em seu país ou consulte o departamento de recursos humanos da empresa para entender as regras específicas aplicáveis ao abono pecuniário.
- Verificar prazos: Cada empresa possui prazos específicos para solicitar o abono pecuniário. É essencial conhecer esses prazos e garantir que você faça a solicitação dentro do período estabelecido. Normalmente, os prazos estão relacionados à solicitação prévia das férias.
- Preparar a solicitação por escrito: A solicitação do abono pecuniário deve ser feita por escrito. É necessário escrever uma carta formal ou preencher um formulário fornecido pela empresa, seguindo o modelo estabelecido.
- Apresentar a solicitação: A sua solicitação dever ser entregue ao departamento de recursos humanos ou ao responsável designado pela empresa. Certifique-se sempre de seguir as orientações internas sobre o local e o procedimento correto para a entrega da solicitação.
- Guarde uma cópia da solicitação: É importante manter uma cópia da solicitação para seus registros pessoais. Isso pode ser útil caso haja alguma necessidade de comprovação posterior.
- Aguarde a resposta: A empresa tem a responsabilidade de analisar sua solicitação e informar sobre a aprovação ou negação do abono pecuniário. Caso a solicitação seja aprovada, a empresa deve fornecer as orientações para o pagamento correspondente.
Caso o abono pecuniário não seja solicitado corretamente, podem ocorrer consequências negativas para o trabalhador, como por exemplo:
- Perda do direito ao abono pecuniário: Caso o trabalhador não solicite o abono dentro do prazo estabelecido pela empresa, ele pode perder o direito de receber essa remuneração adicional pelas férias vendidas.
- Manutenção das férias integrais: Se o abono pecuniário não for solicitado corretamente, o trabalhador pode ser obrigado a gozar de todas as férias, sem a opção de vender uma parte delas.
- Atrasos no pagamento: Se a solicitação do abono pecuniário não for feita de acordo com os procedimentos estabelecidos pela empresa, pode haver atrasos no pagamento.
- Repreensões ou penalidades: Caso o trabalhador não siga as diretrizes estabelecidas pela empresa para a solicitação do abono, ele pode enfrentar repreensões, advertências ou até mesmo penalidades disciplinares.
Por isso é sempre importante familiarizar-se com as políticas internas da empresa em relação ao abono pecuniário, conhecer os prazos e procedimentos adequados e garantir que a solicitação seja feita de forma correta e dentro do período estipulado
Quais as vantagens e desvantagens do abono pecuniário?
Agora iremos falar um pouco sobre quais as vantagens e desvantagens do abono pecuniário. Entenda:
Vantagens e desvantagens do abono pecuniário para as empresas
É importante que as empresas estejam sempre cientes sobre as vantagens e as desvantagens do abono pecuniário, principalmente no que diz respeito sobre ao clima organizacional e a necessidade dos funcionários. Algumas das vantagens e desvantagens são:
- Maior produtividade e motivação dos funcionários
- Redução de custos, já que a empresa não precisa conceder o período completo de descanso remunerado
- Flexibilidade na gestão de recursos humano
- Pontualidade e ao planejamento. O abono pecuniário pode incentivar os funcionários a planejar suas férias com antecedência e a cumprir os prazos estabelecidos pela empresa
- Redução do período de descanso. Ao permitir que os funcionários vendam parte de suas férias, a empresa pode acabar reduzindo o período de descanso dos colaboradores.
- Sobrecarga de trabalho. Se vários funcionários decidirem utilizar o abono pecuniário no mesmo período, a empresa pode enfrentar uma sobrecarga de trabalho durante esse período.
- Impacto na cultura organizacional. Os funcionários podem interpretar que a empresa está incentivando-os a abrir mão do período de descanso em troca de benefícios financeiros, o que pode gerar insatisfação e desmotivação.
Vantagens e desvantagens do abono pecuniário para os funcionários
Mas afinal, qual as vantagens e desvantagens do abono pecuniário para os funcionários? Aqui nós listamos alguns pontos que devem ser considerados:
- Flexibilidade financeira: os funcionários acabam recebendo um valor adicional no momento em que precisam ou desejam o abono, o que pode ajudar a lidar com despesas imprevistas ou realizar algum objetivo financeiro.
- Aumento do salário: O valor do abono pecuniário é adicionado ao salário mensal, aumentando a renda do funcionário naquele período.
- Redução do período de descanso: Ao converter parte das férias em dinheiro, os funcionários abrem mão de um período de descanso mais longo. Isso pode impactar negativamente a saúde e o bem-estar, uma vez que as férias são importantes para o descanso e a recuperação física e mental.
- Sobrecarga de trabalho: Com menos tempo de férias, os funcionários podem enfrentar uma sobrecarga de trabalho, principalmente se não houver uma redistribuição adequada das tarefas durante sua ausência. Isso pode levar a um aumento do estresse e da pressão no ambiente de trabalho.
Por isso, antes de solicitar o abono pecuniário, o funcionário deve avaliar qual as suas necessidades no momento, considerando os prós e contras antes de fazer essa escolha.
O que a legislação brasileira fala sobre o abono pecuniário?
No Brasil, o abono pecuniário está previsto na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que é a principal legislação trabalhista do país. O artigo que trata do abono pecuniário é o 143 da CLT.
Alguns pontos importantes que a legislação considera são:
- Conversão de 1/3 das férias: O abono pecuniário permite que o trabalhador converta até 1/3 (um terço) do período de férias a que tem direito em dinheiro. Isso significa que, caso o trabalhador tenha direito a 30 dias de férias, ele pode optar por converter até 10 dias em abono pecuniário.
- Requisito mínimo de 15 dias: Para que seja possível converter parte das férias em abono pecuniário, a legislação exige que o período de férias seja de, no mínimo, 30 dias. Portanto, somente trabalhadores que têm direito a 30 dias de férias podem optar pelo abono.
- Pedido do trabalhador: A decisão de converter parte das férias em abono pecuniário é voluntária e depende da solicitação do próprio trabalhador. A empresa não pode obrigar o empregado a fazer a conversão.
- Valor do abono pecuniário: O valor do abono pecuniário corresponde ao salário do trabalhador na data em que ele solicitar a conversão. Isso significa que, se o trabalhador optar pelo abono, receberá o valor equivalente aos dias de férias convertidos com base na remuneração atual.
As regras e condições específicas sobre o abono pecuniário podem variar. Por isso, é sempre recomendado verificar a convenção coletiva ou o acordo coletivo de trabalho que se aplica ao empregado para obter informações mais precisas sobre o abono pecuniário em cada caso específico.
Como o abono pecuniário pode ser utilizado pelas empresas?
O abono pecuniário pode ser utilizado pelas empresas que quiserem propor maior flexibilidade tanto para os funcionários quanto para as organizações. Algumas formas comuns de utilização do abono pecuniário são:
- Incentivo financeiro: Algumas empresas oferecem uma bonificação adicional para aqueles que optam pelo abono, o que pode ser uma forma de valorizar o trabalho dos colaboradores. Mas é importante lembrar que esse benefício não pode ser imposto pela empresa, evitando o constrangimento do funcionário de modo que ele se sinta obrigado a solicitar o abono.
- Ajuste de orçamento: Quando um funcionário opta pelo abono, a empresa pode ajustar os custos relacionados às férias, uma vez que o pagamento em dinheiro é feito no momento em que o funcionário usufrui das férias.
- Controle de fluxo de trabalho: Em períodos de alta demanda ou projetos importantes, a empresa pode incentivar os funcionários a optarem pelo abono, mantendo assim um contingente adequado de pessoal.
É importante que as empresas considerem os pontos que a legislação trabalhista trata e respeitem os direitos dos funcionários ao oferecer o abono pecuniário.
Uma recomendação é que as empresas sempre estabeleçam políticas internas claras sobre o uso do abono e comunicar adequadamente aos funcionários, garantindo que a opção seja oferecida de forma justa e igualitária a todos.
Conclusão
Em resumo, o abono pecuniário é a opção de vender parte das férias e receber o valor correspondente como remuneração extra, que pode proporcionar flexibilidade financeira aos trabalhadores e uma maior produtividade para a empresa.
Ele é regulamentado pela legislação trabalhista brasileira e para solicitar o abono, é importante conhecer os direitos, os prazos e seguir os procedimentos da empresa. Tanto empresas quanto funcionários têm vantagens e desvantagens em relação ao abono pecuniário, e é essencial considerar esses aspectos antes de fazer a escolha.
As empresas podem utilizar o abono como incentivo financeiro, ajuste de orçamento ou controle de fluxo de trabalho, mas é fundamental respeitar os direitos dos funcionários e estabelecer políticas internas claras sobre o uso do abono pecuniário.
Além disso, tanto as empresas quanto os funcionários devem estar sempre atento as leis trabalhistas. Quer saber mais? O PontoGO separou um artigo falando tudo o que você precisa saber sobre a legislação trabalhista em 2023.

Olá! Sou Igor Souza, o fundador e CEO da PontoGO, apaixonado empreendedor e entusiasta do universo empresarial. Com mais de 10 anos de experiência na área comercial, construí minha trajetória como especialista em sistemas de controle de ponto, dedicando-me integralmente à missão de simplificar e otimizar processos para empresas de todos os tamanhos. Ao longo da minha carreira, desenvolvi uma sólida expertise em sistemas de controle de ponto na PontoGO, proporcionando soluções inovadoras para os desafios em Recursos Humanos e Departamento Pessoal. Acredito que a eficiência operacional é a chave para o sucesso de qualquer organização, e é por isso que me dedico a fornecer ferramentas tecnológicas que não apenas cumprem, mas transcendem as expectativas.